segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Jacobina Maurer: a mulher que liderou os mucker contra o exército imperial brasileiro.



A mulher na foto acima é Jacobina Mentz Maurer. Ela foi protagonista de um fato relevante na história religiosa e militar do país. Porém, a revolta dos mucker, como ficou conhecido o enfrentamento entre os religiosos liderados por Jacobina contra o exército, é muito pouco divulgada na história oficial do país.

Jacobina era descendente de alemães que vieram, no período do segundo reinado, ocupar as colônias de imigrantes na região de Sapiranga e São Leopoldo no Rio Grande do Sul.

Ocorre que Jacobina granjeou notoriedade religiosa dentre os colonos e acabou formando uma comunidade de fiéis, com características messiânicas, nas terras dela e do marido. Era uma seita que se formava a partir de um cisma entre parte dos colonos que integravam a Igreja de Confissão Luterana.

Jacobina era identificada, por seus seguidores, como uma vidente de poderes sobrenaturais e curandeira milagrosa. Muitos acreditavam que ela correspondia à reencarnação de Cristo. Crença que levou à sérias rusgas com os luteranos que não aceitavam a crença na reencarnação. A convivência entre os dois grupos foi se deteriorando até que houve enfrentamentos com mortes em ambos os lados.

As autoridades locais, ligadas às igrejas luterana e católica, pediram ajuda ao governo imperial que enviou um destacamento do exército, recém estruturado para a guerra do Paraguai, com a missão de dissolver a seita e prender suas lideranças.

Foi a primeira vez que o exército foi usado para enfrentar a própria população dentro do território nacional. O evento mais conhecido, neste sentido, foi Canudos.

No entanto, duas ondas de tropas enviadas contra o muckers foram surpreendidas e derrotadas pelos camponeses. O Coronel Genuíno Olímpio de Sampaio, herói da guerra do Paraguai, morreu em combate.

Acontece que entre os colonos alemães, que cerravam fileiras entre os muckers, muitos haviam servido nas tropas brasileiras durante o conflito no Paraguai. Sendo que vários já haviam tido treinamento militar na Europa. Assim, os militares brasileiros não contavam que iriam enfrentar homens experimentados em batalha. Pensavam que passariam facilmente por cima de ingênuos campesinos.

Posteriormente, o exército precisou empreender uma grande mobilização para levar peças de artilharia pesada, canhões, para o local e, assim, garantir a destruição da comunidade, com a morte de Jacobina e seu marido.

Qual o motivo da história oficial omitir este fato não sabemos. Estuda-se, na seara dos movimentos messiânicos, contestado, canudos e juazeiro, mas se cala em relação ao primeiro deles, que foi a revolta mucker.

A razão do silêncio seria o fato de imigrantes estrangeiros ter algum êxito contra o exército?

Ou o fato da líder ser uma mulher ?

O romancista Assis Brasil escreveu esta história em seu romance "Videiras de Cristal".

E posteriormente lançaram um filme com Letícia Spiller interpretando a vidente.

Filme: A Paixão de Jacobina.


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Filmes latino-americanos grátis na plataforma Retina Latina.



Devido à dificuldade de distribuição das obras cinematográficas latino-americanas, o governo colombiano criou uma plataforma de streaming que reúne longas e curtas-metragem da Bolívia, Colômbia, Equador, México, Cuba, Peru e Uruguai.

Basta entrar no link abaixo e se inscrever clicando em "registrarse" no canto superior direito da tela:

Para saber mais:

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

África em artes.


Uma obra do Núcleo de Pesquisa do Museu Afro Brasil que visita diversos povos africanos através de suas manifestações artísticas. Disponível em pdf.

Obra: África em artes.
Autores:  Renato Araújo da Silva e Juliana da Silva Bevilacqua.




domingo, 15 de dezembro de 2019

Historiador Rodrigo Patto Sá Motta: especialista no golpe militar de 1964.



O historiador Rodrigo Patto Sá Motta é formado pela UFMG, sendo professor titular na mesma instituição, com especialização na área de História do Brasil República, com destaque para seus trabalhos a respeito do golpe militar de 1964.

Em seus diversos artigos e livros, consegue facilmente desmistificar diversas falácias muito divulgadas, atualmente, sobre os acontecimentos daquele período. Por exemplo, demonstra que o AI-5 não foi um instrumento imposto pelos militares por conta de uma suposta "sublevação" comunista que o país estaria na iminência de sofrer. Que, na verdade, sua utilidade foi para conter setores da elite civil, que apoiaram o golpe inicialmente, mas que começavam a se voltar contra o governo militar, tais como a igreja católica, a oab, o judiciário, entre outros. 

Outra desmistificação importante diz respeito às narrativas de que a esquerda teria "aparelhado" as universidades que, assim, se tornaram centros de panfletagem "esquerdista". O historiador demonstra que, na verdade, foi o regime de força imposto pela ditadura que acabou empurrando a massa crítica de estudantes para a esquerda. Posteriormente, esses estudantes se formaram e passaram a professores nas universidades.

Artigo: O golpe de 1964 e a ditadura nas pesquisas de opinião

Artigo: Modernizando a repressão: a Usaid e a política brasileira.

Artigo: A ditadura das representações verbais e visuais da grande imprensa:1964-1969.

Artigo: O Brasil à beira do abismo, de novo!



Vídeo TV UNIVESP: 1964 Entrevistas

Vídeo: o anticomunismo e o antipetismo nas eleições de 2018

Vídeo: A academia e a ditadura militar


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Boas festas a todos os amigos do grupo prophisto !!!



Queridos(as) amigos(as) do grupo,

Mais um ano letivo se encerra com a certeza que compartilhamos muitos momentos de reflexão sobre a estada e atuação da humanidade neste agitado planeta azul (que é esférico) ! Que além de conteúdos, tenhamos logrado encontrar bons companheiros e amigos. E que o fio condutor da história nos ajude a lapidar um espírito mais fraterno e solidário. Pois, cada um de nós faz parte desta grande história.

Aos professores desejamos a força e perseverança que o ano vindouro exigirá. Aos alunos dos colégios e universidades que não se deixem desmotivar ante os obstáculos. E aos demais participantes, que mantenham a sede e o fascínio pelo conhecimento da trajetória de nossa espécie!

Feliz Natal e um ótimo 2020 para todos !!!!



terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Historiador João José Reis: especialista em história da escravidão.



O professor João José Reis é um dos mais destacados pesquisadores sobre escravidão e suas rebeliões na história do Brasil. A respeito deste autor, melhor escreveu Durval Muniz de Albuquerque Jr:

"João José Reis é merecidamente um figurão da historiografia brasileira. Seus livros, desde o pioneiro Rebelião escrava no Brasil, modificaram o estado da arte dos estudos sobre escravidão, sobre rebelião escrava e movimentos sociais, não só no país, mas internacionalmente."

Artigo: Quilombos e revoltas escravas no Brasil (Revista USP)
Autor: João José Reis

Vídeo: Entrevista à Bob Fernandes na TVE da Bahia

domingo, 8 de dezembro de 2019

O historiador e a moda.


O campo de atuação do historiador vai muito além das salas de aula e museus. Em países onde a indústria cultural é mais desenvolvida, o historiador é solicitado para prestar consultorias em diversas atividades. O historiador atua muito como consultor, por exemplo, no cinema e no teatro. No Brasil, vários enredos de desfiles carnavalescos possuem a atuação de um historiador para alinhavar corretamente alguns contextos da narrativa. Outro campo onde a história vem ganhando importância é na moda. Não somente trazendo a moda para o laboratório de história na forma de documentos de análise, mas também com a atuação do profissional de pesquisa histórica trabalhando junto aos produtores de moda.

Abaixo, documentos em pdf sobre o tema e o link para um vídeo de Dolce & Gabbana realizando desfile inspirado em elementos da antiga Grécia.

Artigo: A Moda como Campo de Estudos do Historiador: balanço da produção acadêmica no Brasil.
Autora: Maria do Carmo Rainho (Doutora pela UFF e Pesquisadora do Arquivo Nacional)

História da Moda (Resumo)

Moda e sua História

Vídeo: Desfile Dolce & Gabbana: Valley of the Temples (julho 2019)

sábado, 7 de dezembro de 2019

Iniciação ao pensamento e à obra de Paulo Freire.


Atualmente há muita desinformação a respeito da obra pedagógica de Paulo Freire. Infelizmente, boa parte desta desinformação é disseminada, inclusive, por entes governamentais. Pessoas que desconsideram a obra deste autor, que é reconhecida nas academias de todo mundo, unicamente por conta de questões político ideológicas.

Tentam desviar o foco da crise na educação que ocorre por falta de investimentos no setor, com o argumento obscurantista de que a culpa é do falecido Paulo Freire. O método Paulo Freire é endereçado à alfabetização de adultos, tendo grande sucesso. O adulto consegue se alfabetizar de forma mais veloz e crítica que no antigo método da silabação. 

Sua tese leva em conta que todas as pessoas possuem cultura. Por isso, o processo de aprendizagem precisa levar em conta a cultura que o aluno traz consigo. É do encontro da cultura acadêmica com a cultura popular que se constrói uma educação crítica e libertadora. Desta forma, superando a velha concepção de educação bancária onde o professor considera o aluno como um cofre vazio onde são depositadas as informações.

Neste sentido, começamos este elenco de obras para entender Paulo Freire com os textos sobre os diversos tipos de cultura do professor Alfredo Bosi.

Texto: Cultura Brasileira e Culturas Brasileiras
Autor: Alfredo Bosi

Aula: Cultura ou Culturas Brasileiras
Professor Alfredo Bosi

Livro: Pedagogia do Oprimido
Autor: Paulo Freire

Resumo do livro "Pedagogia do Oprimido"

Livro: Pedagogia da Autonomia
Autor: Paulo Freire

Artigo: Paulo Freire: A Educação como Prática da Liberdade na Construção Social do Sujeito
Autor(a):Marta Maria de Lima e Silva

Livro: Paulo Freire: uma biobibliografia
Autor: Moacir Gadotti (organizador)
PDF: http://acervo.paulofreire.org:8080/jspui/bitstream/7891/3078/1/FPF_PTPF_12_069.pdf

Vídeo: Palestra patrocinada pelo IFSC - USP:
https://www.youtube.com/watch?v=2C518zxDAo0




quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Diretora da Oficina de História Oral Andina analisa o desenvolvimento obtido pelo MAS em Bolívia.



Silvia Rivera Cusicanqui, historiadora boliviana e ex-diretora da Oficina de História Oral Andina, analisa o período de desenvolvimento produzido pelo partido do presidente deposto Evo Morales (MAS) na obra "Mito e Desarrollo en Bolivia", que disponibilizamos abaixo em pdf.

Curiosamente, a historiadora tem se colocado de forma contrária à narrativa que a renúncia de Evo Morales ocorreu por conta de um golpe de estado no país.

Obra: "Mito e Desarrollo en Bolivia"

Vídeos:

Documentário sobre a biografia da professora Silvia Rivera Cusicanqui.

Conversa: Silvia Rivera e Boaventura de Souza Santos.



terça-feira, 26 de novembro de 2019

Índice de Assuntos, Regras de Conduta, Sugestões e mais...


Darcy Ribeiro e a pátria grande.



"O Livro, bem como sabemos, é o tijolo com que se constrói o espírito."
(Darcy Ribeiro)


Obra: América Latina: pátria grande.
Autor: Darcy Ribeiro.

Filmes:

Darcy, um brasileiro
https://www.youtube.com/watch?v=WXYN_dtTSMg

Debate sobre utopia: Darcy Ribeiro, Rubem Alves e Mário Sérgio Cortella.
https://www.youtube.com/watch?v=nNzvIQmsaN4

Darcy Ribeiro no Roda Viva
https://www.youtube.com/watch?v=AAFzOemlAbg

Darcy Ribeiro o guerreiro sonhador.
https://www.youtube.com/watch?v=xmnLTlQNoaM

O Povo Brasileiro Vol1
https://www.youtube.com/watch?v=CjcBv5ZWyPU

O Povo Brasileiro Vol 2
https://www.youtube.com/watch?v=CZd6ZMVAMyU



Introdução à obra de Karl Marx



Obra: A Ideologia Alemã
Autores: Karl Marx e Friedrich Engels
http://abdet.com.br/site/wp-content/uploads/2014/12/A-Ideologia-Alem%C3%A3.pdf

Obra: O Manifesto do Partido Comunista
Autores: Karl Marx e Friedrich Engels
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/manifestocomunista.pdf

Obra: Contribuição à Crítica da Economia Política.
Autor: Karl Marx.
http://lutasocialista.com.br/livros/MARX%20E%20ENGELS/MARX,%20Karl.%20Contribui%E7%E3o%20%E0%20Cr%EDtica%20da%20Economia%20Pol%EDtica.pdf

Obra: O Capital Vol I
Autores: Karl Marx e Friedrich Engels
https://www.marxists.org/archive/marx/works/download/pdf/Capital-Volume-I.pdf

Obra: Grundrisse
Autor: Karl Marx
https://nupese.fe.ufg.br/up/208/o/Karl_Marx_-_Grundrisse_(boitempo)_completo.pdf

Obra: Teses sobre Feuerbach
Autor: Karl Marx.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ma000081.pdf

Obra: Mensagem do Comitê Central à Liga dos Comunistas
Autores: Karl Marx e Friedrich Engels
http://www.unioeste.br/projetos/histedopr/bibliografia/Comite_Central_Liga_Comunista.pdf

Obra: O 18 Brumário de Luís Bonaparte
Autor: Karl Marx
https://neppec.fe.ufg.br/up/4/o/brumario.pdf

Obra: Salário, preço e lucro
Autor: Karl Marx
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/999878/mod_resource/content/1/MARX%2C%20Karl.%20Sal%C3%A1rio%2C%20pre%C3%A7o%20e%20lucro.pdf

Obra: Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico
Autor: Friedrich Engels
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_fontes/acer_marx/tme_06.pdf

Para Entender o Capital Livro I
Autor: David Harvey
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2543837/mod_resource/content/1/David_Harvey-Para%20entender%20O%20Capital_v.1.pdf

Dicionário do Pensamento Marxista
Editado por Tom Bottomore.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2543654/mod_resource/content/2/Bottomore_dicion%C3%A1rio_pensamento_marxista.pdf

Obra: Marx e a Dialética da Sociedade Civil
Autor: Marcos del Roio (org)
https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/marx-e-a-dialetica_ebook.pdf


Conferência: Introdução ao Método de Marx (José Paulo Netto) I

Conferência: Introdução ao Método de Marx (José Paulo Netto) II


Revista Marx e o Marxismo: atualidades sob a perspectiva marxista. (UFF)
http://www.niepmarx.blog.br/revistadoniep/index.php/MM

Resumos e biografia
https://colunastortas.com.br/marxismo/

Artigo : A crise estrutural do capital
autor: István Mészáros
http://outubrorevista.com.br/wp-content/uploads/2015/02/Revista-Outubro-Edic%CC%A7a%CC%83o-4-Artigo-02.pdf

Introdução à Filosofia de Marx
Autor: Sérgio Lessa e Ivo Tonet.
https://sergiolessa.com.br/uploads/7/1/3/3/71338853/introdufilomarx.pdf

A acumulação do capital.
autora: Rosa Luxemburgo
https://gpect.files.wordpress.com/2013/11/a-acumulac3a7c3a3o-do-capital-rosa-luxemburgo.pdf

O Conceito de Alienação no Jovem Marx.
Autor: José D'Assunção Barros
http://www.scielo.br/pdf/ts/v23n1/v23n1a11

Karl Marx para o ENEN (Professor Anderson)
https://www.youtube.com/watch?v=HGwBJ-GY2rU


A exploração do trabalho indígena na extração da prata em Potosí


O pesquisador Henrique Tandeter, da Universidade de Buenos Aires, desenvolve as questões em torno da exploração da mão de obra indígena na extração da prata em Potosí, atual Bolívia. Em seguida, deixamos um documentário sobre o estado atual da economia e da sociedade que vive naquela região. Uma ligação entre o passado de exploração colonial e a pobreza atual.



Obra: Coacción y Mercado: la minería de la plata en el Potosí colonial.
Autor: Enrique Tandeter.
https://drive.google.com/file/d/1HH4Bny0OObMBXvel5E935fdN5w1rMVj1/view?fbclid=IwAR2EjZv1F5PYF62LpetxMKX82wkWwHl93pKIZugranNwgE-Ptlj8ayjTCV8

Documentário:  Potosí na atualidade (social, economia e política)
https://www.youtube.com/watch?v=nhnCq_KaaWI&list=PLPDE8sDQa-eyqWWyQ58jfCXa7bvnkHgVU


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Falácias Lógicas: análise dos argumentos.


Sabe aquele sujeito que numa discussão faz ataques pessoais ao outro debatedor ao revés de contraditar os argumentos ?  Também tem aquele que distorce os argumentos dos demais debatedores atacando algo que não foi dito. A filosofia e a lógica estudam essas falsificações do raciocínio nomeando-as de falácias. Existem diversas maneiras de falsear um raciocínio argumentativo. Há disponível em pdf um bom manual sobre o tema que é o "Guia das falácias de Stephen Downes". 


Guia das falácias de Stephen Downes:

Lógicas e falácias (Martins Fontes)


sábado, 23 de novembro de 2019

Historia Mínima del Fútbol en América Latina (pdf)



O futebol não nasce e se desenvolve de forma homogênea nas variadas regiões da América Latina. Em alguns desses países, é o esporte de maior apelo popular. Em outros, divide os holofotes com o beisebol. Contudo, não resta dúvida que, no campo esportivo, foi o futebol que elevou essa região do chamado terceiro mundo econômico a rivalizar em pé de igualdade com a Europa. Assim, através da sua prática várias dessas populações desenvolveram o sentimento de nacionalismo e resistência. 

No Brasil, é comum as pessoas dizerem que só através da seleção brasileira há a reunião do povo em torno do sentimento de nação. No país vizinho, a Argentina, Maradona elimina a Inglaterra, numa copa do mundo, com um gol irregular de mão (la mano de dios). Inglaterra que pouco antes havia militarmente invadido as Ilhas Malvinas. Esse é o verdadeiro sentido da expressão "la mano de dios", que pressupõem resistência e reparação histórica. 

Por isso, são bem vindas as tentativas de se historicizar esse fenômeno esportivo. Como na obra que disponibilizamos o link abaixo para o pdf.



Disponível en pdf:
https://drive.google.com/file/d/1DLE0JH7QWf-JNPfX8c0n1iNk9VX3spML/view?fbclid=IwAR178bWcy9OiK1vx6Lcg3EzeuhUW0Ey4VdMoWh3WeqJi408NZGY-GG34adA



Entendendo as origens e distinções dos termos esquerda e direita na política.







Como se definem direita e esquerda? Conceitos históricos.

Diferenças entre esquerda e direita (Professor Otto Barreto)

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Henry Sobel: o rabino que enfrentou a ditadura.



Hoje, dia 22/11/2019, morreu o rabino emérito da congregação israelita paulista. Sobel foi uma das vozes contrárias ao laudo que afirmava que a morte do jornalista Vladmir Herzog havia sido suicídio por enforcamento nas dependências do doi-codi, para onde foi conduzido com objetivo de prestar informações sobre sua suposta ligação com o PCB. O rabino H. Sobel foi uma das personalidades centrais do culto ecumênico realizado em São Paulo, na Catedral da Sé, em memória de Herzog. Depois, recusou-se a enterrá-lo numa ala do cemitério israelita própria para os suicidas.

Conheça um pouco desta personalidade religiosa brasileira nos vídeos abaixo relacionados.


Documentário: Henry Sobel, luz e sombras de um rabino.

Roda Viva entrevista Henry Sobel.

Agora é Tarde com Henry Sobel


O nascimento do pensamento conservador em Edmund Burke.



Falar em conservadorismo voltou à moda no ambiente político brasileiro e internacional. Contudo, nem tudo que se escreve e se diz por aí tem a ver com o verdadeiro pensamento filosófico conservador nascido na Inglaterra. Por isso, o interessado nesta vertente de pesquisa deve iniciar bebendo direto na fonte. Edmund Burke é considerado o pai do conservadorismo moderno. E a principal obra onde fundamenta esta filosofia é "Reflexões sobre a Revolução em França".

Reflexões sobre a Revolução em França.
Edmund Burke
Disponível em pdf:

Vídeo-aula sobre o pensamento de Edmund Burke:


quinta-feira, 21 de novembro de 2019

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Qual a diferença da escravidão transatlântica para as demais?



Sempre que se fala, atualmente, em políticas compensatórias para minorar os efeitos ainda hoje sentidos da escravidão negra no Brasil, aparecem pessoas justificando a negação destas políticas argumentando que em outros momentos da história e entre os próprios nativos africanos existiam formas de escravidão.

Esse argumento, muitas vezes acompanhado de má-fé, apresenta dois vícios notórios.

Primeiro, que não devemos justificar um erro com outro. Se alguém cometeu um ato reprovável, não estão todos os demais liberados para cometê-los também. Além do que, reparar tais efeitos é essencial para que possamos alavancar a economia e o bem estar nacional.

Segundo, que o tráfico negreiro para utilização de mão-de-obra escrava nas Américas, notadamente a portuguesa, apresentou especificidades que imprimiram um caráter único ao evento. A quantidade de população deslocada da África para a América foi algo sem precedente na história da humanidade. Acrescenta-se, a isto, uma ideologia pragada pela igreja de que o negro não tinha alma; aproximando o escravo dos outros animais integrantes das fazendas na mentalidade daquela elite agrária. Havia, também, teorias raciais que classificavam o negro como uma raça inferior; acarretando a construção de verdadeiros zoológicos humanos, na Europa, onde famílias africanas ficavam em exposição.

O jornalista Laurentino Gomes, escritor dos livros 1808 e 1822, acabou de lançar o primeiro tomo da obra "escravidão". Em entrevista concedida ao portal uol, disse algumas palavras sobre o tema.

"Seres humanos escravizando outros seres humanos não é algo que nasceu ali pelo século XV nem teve a África como palco de estreia de tal atrocidade. A escravidão é um fenômeno tão antigo quanto a própria história da humanidade, registra Laurentino. Para o autor, contudo, a escravidão nas Américas se distingue de outras por dois fatores: o regime de trabalho (os escravizados eram utilizados em condição equivalente à das máquinas agrícolas industriais de hoje) e o nascimento da ideologia racista, que passou a associar a cor da pele à condição de escravo... O negro seria naturalmente selvagem, bárbaro, preguiçoso, idólatra, de inteligência curta, canibal, promíscuo, só podendo ascender à plena humanidade pelo aprendizado da servidão, explica o africanista brasileiro Alberto da Costa e Silva. Sua vocação natural seria, portanto, o cativeiro, onde viveria sob tutela dos brancos. Duro notar que tal ideologia segue, de alguma forma, em vigor na cabeça de muita gente tosca por aí."

Link para a matéria completa com Laurentino Gomes:
https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2019/11/19/escravidao-e-assunto-esgotado-livro-de-laurentino-gomes-comprova-que-nao/?fbclid=IwAR1NgPyxpnFY50putl_pgZkxKCHOWZtMisUyDM3wpH4W0PUoTo3Bdjmg1w4

Vídeo com o historiador africanista Alberto da Costa e Silva:
https://www.youtube.com/watch?v=Dn_2RIo4QJc

Vídeo "escravidão nas Américas" com Rafael de Bivar Marquese:
https://www.youtube.com/watch?v=IWqDwUm-k1A

Escravidão na antiguidade: Grécia e Roma:
https://www.youtube.com/watch?v=u9nRYQc6ynM

África: passado e presente  (Alberto da Costa e Silva)
https://www.youtube.com/watch?v=gJVnA8Va1is

O Brasil, a África e o Atlântico no século XIX. (Alberto da Costa e Silva)
http://www.scielo.br/pdf/ea/v8n21/03.pdf

O fenômeno da escravidão enquanto privação de direitos humanos. (Roberto Minadeo)
https://www.researchgate.net/publication/281839357_O_FENOMENO_DA_ESCRAVIDAO_ENQUANTO_PRIVACAO_DE_DIREITOS_HUMANOS_Breve_revisao_historica_e_a_dura_realidade_atual






segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Os melhores canais de história no youtube.



Professora Ana Gicelle Garcia Alaniz

Professora Lilia Schwarcz

O que é guerra híbrida? A dimensão cultural.


"A doutrina de dominação de espectro completo nasceu da reflexão a respeito de que a vitória das forças vietnamitas foi consequência das suas capacidades no terreno da cultura e não da tecnologia militar.

Concluiu-se que a dominação no terreno econômico, comercial, diplomático e militar não é suficiente. É necessária a intervenção na organização da vida; buscar controlar as emoções e as reações das pessoas.

A própria produção de subjetividade se converte em alvo da guerra. Além dos grandes meios de comunicação, a subjetivação social se constrói também através de outras instituições que operam em pequenos espaços comunitários onde a chamada guerra de quinta geração atua: religiões, seitas, maçonarias e a própria família.

Se a hegemonia supõe uma universalização da visão de mundo, trata-se então de nos convencer de que a forma de organização hegemônica é a única maneira de entender a organização da vida e da produção material do planeta.

Nisso reside a dominação do espectro completo: dominar corações, mentes e corpos. A necessidade de exercer uma dominação que controle todas as dimensões da vida: as emoções, a linguagem, a cultura, os valores, os modos de gostar, sentir, desejar, de entender os paradigmas da beleza.

Um país hegemônico não se impõe só pela via militar, mas também pela capacidade de impor sua visão de mundo.

Isto ocorre através da indústria cultural que, combinada com as novas tecnologias de informação e da comunicação (youtube, netflix, redes sociais) apresenta e constrói uma forma de viver."

(Trecho do texto Venezuela e as guerras híbridas na América Latina).

Ver texto na íntegra pelo link:
https://www.thetricontinental.org/wp-content/uploads/2019/06/190604_Dossier-17_PT_Web-Final.pdf



Venezuela e as guerras híbridas na América Latina.



Venezuela e as guerras híbridas na América Latina.
Instituto Tricontinental de Pesquisa Social

Disponível em pdf:


Bolsonaro e os quartéis: a loucura com método.


Bolsonaro e os quartéis: a loucura com método.
Artigo de Eduardo Costa Pinto (Professor do Instituto de Economia da UFRJ).

Em pdf:


Para entender a Bolívia (obras em pdf).


A Bolívia entrou no centro dos debates após o golpe cívico-militar que derrubou o presidente Evo Morales. Consistia na única economia do continente que crescia num patamar de 5% ao ano e reduzia de forma consolidada a miséria. Foi realizada a nacionalização do gás e seus dividendos utilizados em programas de bem estar social. 

Contudo, interesses de uma elite local, associada às forças armadas e interesses internacionais hegemônicos levam o país ao esfacelamento de sua estrutura política e econômica.

Algumas obras de autores bolivianos e latinos podem lançar luz sobre a questão boliviana. Deixamos algumas, a seguir, em links para pdf.

O papel da missão de observação eleitoral da OEA na Bolívia (2019)

Bolívia: país rebelde (2000-2006)

A derrota do neoliberalismo na Bolívia

História da América Latina: Os países andinos desde 1930 (Tomo XVI)

La Ciudad de los Cholos